Fatores de risco para o Transtorno Bipolar

Sabe-se, desde a antiguidade, que a existência de um caso de Transtorno Bipolar numa família aumenta a possibilidade de que a enfermidade se manifeste em outros membros da mesma família. Filhos de pais com Transtorno Bipolar têm risco de 33% de ter a doença. Mesmo se não a apresentarem, carregam os genes. Se o pai e a mãe tiverem, a chance é maior ainda.
O desenvolvimento da genética permitiu analisar grande número de gêmeos, nos quais a doença torna-se mais evidente. Em 80% dos casos de gêmeos idênticos, os dois irmãos apresentam quadros de euforia e depressão. Embora a porcentagem seja elevada, 20% não manifestam o problema. Cabe perguntar, então: fatores extragenéticos interferem nesse resultado? Sim e não. Uma vez que ninguém expressa seu genoma completamente, pode-se deduzir que, apesar da carga genética idêntica, só em um dos gêmeos ela encontrou as condições necessárias para o desenvolvimento da patologia, que certamente depende da interação de tais fatores com o ambiente. Não se pode deixar de considerar também que, além da predisposição e vulnerabilidade geneticamente determinadas, certas situações contribuem para a eclosão ou precipitação do problema.